Reforma Tributária: a Hora do Protagonismo Contábil é Agora

A reforma tributária promete simplificação, mas exige contadores prontos para uma transformação profunda. Quem ignorar a complexidade operacional pode enfrentar multas, retrabalho e perda de relevância.

A convivência simultânea do modelo atual (ICMS, ISS, PIS e Cofins) e do novo (IBS e CBS) traz desafios imediatos. Empresas enfrentarão:

• Ajustes em planos de contas e ERPs;
• Controle de créditos tributários em escala inédita;
• Novas metodologias de provisão e demonstrações financeiras;
• Readequação de planejamento tributário e precificação.

Contadores que demorarem a se adaptar correm riscos. Já quem investir em atualização, integração tecnológica e visão estratégica conquistará o protagonismo contábil e se tornará parceiro indispensável das empresas.

O que está em jogo: riscos e oportunidades da reforma tributária

A coexistência do sistema atual (ICMS, ISS, PIS e Cofins) com o novo modelo (IBS e CBS) impõe complexidade operacional imediata. Empresas e contadores despreparados enfrentarão erros de cálculo, penalidades e dificuldades de adaptação.

• Multas e autuações decorrentes de falhas no cumprimento de obrigações;
• Retrabalho e aumento de custos para ajustar planos de contas e sistemas;
• Perda de competitividade devido a fluxos internos ineficientes;
• Dificuldade na tomada de decisão sem dados tributários confiáveis.

Em contraste, quem investir em atualização legislativa, tecnologia e novas metodologias de provisão poderá assumir um papel estratégico. Essa postura não apenas minimiza riscos, mas posiciona o contador como parceiro essencial na gestão tributária, capaz de traduzir cenários complexos em soluções práticas e seguras.

Do ICMS e ISS ao IBS e CBS: entendendo as mudanças no modelo tributário

No cenário atual, as empresas ainda operam com tributos como ICMS, ISS, PIS e Cofins, cada um com regras específicas de cálculo e crédito. Com a reforma, surge o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que visam unificar bases e alíquotas, mas serão implementados de forma gradual, criando uma fase de transição com dois sistemas tributários paralelos.

Essa convivência impõe desafios operacionais e exigirá adaptações em diversos processos contábeis:

• Ajustes em planos de contas: redefinição de códigos e categorias para refletir novas bases tributáveis;
• Parametrização de ERPs: atualização de sistemas para calcular IBS e CBS em paralelo às alíquotas antigas;
• Controle de créditos tributários: registro detalhado de créditos acumulados e compensações em ambos os regimes;
• Novas provisões: metodologias específicas para reconhecimento e mensuração de tributos no balanço;
• Revisão de precificação: adequação de preços de produtos e serviços considerando a nova carga tributária.

Compreender cada etapa dessa transição é fundamental para garantir a correta apuração dos tributos e evitar inconsistências que possam gerar autuações ou perdas financeiras.

Competências essenciais para o contador estratégico

Para assumir o protagonismo contábil na era da reforma tributária, o profissional precisa desenvolver competências-chave que vão além da conformidade. São elas:

• Atualização legislativa constante: estar antenado ao detalhamento das leis complementares e ajustes normativos garante a identificação precoce de mudanças e a formulação de orientações seguras, evitando riscos fiscais.
• Integração tecnológica: parametrizar sistemas, automatizar processos e utilizar ferramentas de BI promove maior agilidade, reduz erros manuais e oferece relatórios precisos para a tomada de decisão estratégica.
• Especialização setorial: compreender as particularidades de cada segmento permite mapear impactos tributários específicos, recomendar regimes mais vantajosos e agregar valor ao serviço por meio de insights customizados.
• Visão estratégica de negócios: traduzir a norma em cenários e projeções orienta o cliente na precificação, no planejamento de fluxo de caixa e no desenvolvimento de novas oportunidades, consolidando o contador como parceiro de negócios.

Reposicionamento profissional: consolidando-se como parceiro indispensável

Para aproveitar a reforma como alavanca de reposicionamento, o contador deve assumir um papel consultivo, traduzindo a complexidade das novas normas em insights claros e aplicáveis. Em vez de se limitar à execução de obrigações, é preciso oferecer:

• Interpretação técnica: explicações objetivas sobre como as mudanças tributárias afetam cada atividade e fluxo de caixa;
• Projeção de cenários: simulações de impacto financeiro com diferentes estratégias de aproveitamento de créditos e ajuste de alíquotas;
• Suporte estratégico: recomendações de ações imediatas e de médio prazo para otimizar a carga tributária e a competitividade;

Ao combinar conhecimento normativo com visão de negócios, o contador consolida-se como parceiro indispensável, capaz de orientar empresários e gestores na tomada de decisões seguras e embasadas. Essa postura proativa fortalece a imagem profissional e cria relações de confiança que vão muito além da mera conformidade fiscal.

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Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma tributária: chegou a hora do protagonismo contábil