Reforma Tributária 2026: A Nova Rota para a Exportação de Serviços no Brasil

A partir de 2026, a reforma tributária unifica PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS em dois impostos – o IBS e a CBS – cobrando 28% nas operações internas e zerando a carga tributária para exportações de serviços. Essa mudança transforma a internacionalização não apenas em uma opção, mas em uma estratégia essencial para a sobrevivência e expansão das empresas brasileiras.

Para prestadores de serviços, é a oportunidade decisiva de aproveitar a isenção fiscal, reduzir custos e aumentar margens em dólar. Se sua empresa ainda não explora o mercado global, é hora de repensar a estratégia, investir em capacitação e posicionar-se competitivamente no cenário internacional.

Exportar serviços: a oportunidade que sua empresa não pode ignorar

A partir de 2026, a exportação de serviços deixará de ser apenas uma opção e se tornará uma estratégia imperdível: a reforma tributária prevê isenção total de IBS e CBS para operações internacionais, zerando a carga que hoje pode chegar a 28% nas transações internas. Esse tratamento favorecido é um convite para ampliar horizontes e conquistar novos mercados.

Estudiosos do setor apontam que, com a remoção desses tributos, empresas brasileiras poderão reduzir custos operacionais e aumentar margens de lucro em moeda forte, elevando a competitividade diante de players globais. A urgência em repensar processos e capacitar equipes nunca foi tão grande.

Portanto, se sua empresa ainda não explora oportunidades fora do país, este é o momento certo para alinhar portfólio, avaliar demanda externa e preparar-se para surfar o novo ciclo de internacionalização.

O novo IBS e a CBS: simplificando a tributação para exportações

A partir de 2026, cinco tributos – PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS – serão substituídos por duas contribuições sobre valor agregado, com regras mais claras e uniformes. O IBS (estadual e municipal) e a CBS (federal) prometem unificar diferentes bases de cálculo e eliminar sobreposições que hoje oneram as operações internas.

• IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): integra ICMS, ISS e as parcelas estaduais e municipais de PIS/Cofins.
• CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): reúne as contribuições federais PIS, Cofins e o IPI.

No painel “O Papel dos Serviços no Comércio Exterior” do ENAEX 2025, celebrado no Rio de Janeiro, especialistas destacaram que a alíquota combinada para vendas internas ficará em torno de 28%, enquanto as exportações de serviços terão isenção total. Essa mudança alinha o Brasil a modelos internacionais de IVA e reduz custos, criando um ambiente tributário mais transparente e competitivo para quem vende para o exterior.

Vantagens competitivas: isenção de impostos e ganho de mercado

Exportar serviços com isenção total de IBS e CBS representa um salto significativo para as empresas brasileiras. Ao zerar a carga tributária que hoje pode alcançar 28% nas operações internas, as organizações reduzem diretamente seus custos operacionais e liberam recursos para reinvestimento em inovação e expansão.

• Redução de custos: elimina tributos que antes corroíam até 28% do preço de venda.
• Aumento de margem: maior rentabilidade ao negociar em moeda forte.
• Competitividade global: preços mais atraentes em mercados externos.
• Diversificação de receita: menor dependência do mercado interno.
• Valorização da marca: presença internacional fortalece reputação.

Segundo Rodrigo Martins, CEO da International Tech Hub, “com a alíquota total estimada em 28% para operações internas e isenção para exportações, vender para o exterior será muito mais vantajoso. Isso vai forçar uma mudança de mentalidade: exportar serviços deixará de ser uma opção e passará a ser uma estratégia essencial para a sobrevivência de muitas empresas brasileiras”.

Atualmente, o setor de serviços responde por mais de dois terços do PIB, mas participa com apenas 13% das exportações. Aproveitar esse potencial significa não só otimizar a carga tributária, mas também inserir as empresas em um novo ciclo de crescimento, onde inovação e alcance global caminham juntos.

Preparação das empresas: desafios e necessidade de capacitação

A transição para o novo modelo consolidado de IBS e CBS exigirá das empresas uma profunda revisão em processos internos, especialmente para pequenas e médias que contam com equipes e sistemas limitados. A unificação dos tributos altera bases de cálculo, prazos e obrigações acessórias, criando a necessidade de um alinhamento próximo com a burocracia fiscal e sistemas de tecnologia da informação atualizados.

Para Ricardo Keiper, Diretor de Supply Chain da GE-CELMA, essa mudança “demandará ajustes profundos e pode representar um grande desafio, especialmente para pequenas e médias empresas. É essencial investir em capacitação e suporte técnico para que elas acompanhem esse movimento”.

• Mapeamento de processos: identificar impactos tributários em cada etapa do serviço;
• Capacitação técnica: treinamentos em legislação do IBS e da CBS;
• Sistemas de compliance: adoção de softwares que automatizem cálculos e relatórios;
• Assessoria fiscal: parcerias com especialistas para acompanhamento contínuo;
• Monitoramento regulatório: acompanhamento de instruções normativas e atualizações.

Sem esse preparo, as empresas correm o risco de penalidades, retrabalhos e custos inesperados. Antecipar investimentos em treinamento e tecnologia será fundamental para garantir conformidade e aproveitar integralmente os benefícios da reforma tributária a partir de 2026.

Ecossistemas de inovação e políticas públicas de apoio

Políticas públicas estratégicas e polos de inovação têm papel fundamental na internacionalização de empresas de serviços. O Porto Digital, em Recife, por exemplo, reúne mais de 475 empresas e 21 mil profissionais, com faturamento anual de R$ 6 bilhões, oferecendo infraestrutura, networking e acesso a programas de incentivo.

Segundo Rafael Cunha, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovações do Recife, a combinação entre tributação moderna e ecossistemas locais gera ambiente propício para que empresas desenvolvam propriedade intelectual e conquistem mercados externos:

• Incentivos fiscais e creditícios para P&D;
• Programas de capacitação em tecnologias emergentes;
• Parcerias com universidades e centros de pesquisa;
• Acesso a editais de inovação e fundos de investimento;
• Redes de mentoria e rodadas de negócios internacionais;

Essas iniciativas fortalecem competências técnicas, permitem compartilhar melhores práticas e elevam a competitividade global. O apoio de governos e hubs de inovação será decisivo para que prestadores de serviços tirem pleno proveito da isenção tributária e consolidem sua presença no mercado internacional.

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• Gestão tributária personalizada para identificar oportunidades de redução de carga e evitar contingências;
• Assessoria completa em tributação, com foco em comércio exterior e planejamento estratégico;
• Serviço de abertura de empresas e estruturação societária, facilitando sua entrada em mercados internacionais.

Com esse suporte, sua organização estará preparada para competir globalmente, reduzindo custos e aproveitando o ambiente tributário mais favorável a partir de 2026.

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Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma tributária impulsiona exportação de serviços no Brasil