Reforma Tributária 2026 põe PMEs em risco – saiba como se preparar

No próximo dia 1º de janeiro de 2026, entra em vigor a Reforma Tributária que substituirá o atual sistema por IBS e CBS. Para as pequenas e médias empresas brasileiras, esse marco representa um teste de estresse sem precedentes.

Com margens apertadas e reservas financeiras limitadas, milhares de PMEs estarão vulneráveis a custos tributários imprevisíveis e à desorganização do fluxo de caixa durante o período de convivência entre sistemas.

Nesta curadoria, você vai entender os principais desafios que ameaçam a sobrevivência de seu negócio e descobrir como se preparar para atravessar essa transição com segurança.

O teste de estresse para PMEs a partir de 2026

A partir de 1º de janeiro de 2026, o Brasil adota o IBS e a CBS, unificando tributos em sistemas inovadores. Para as PMEs, essa virada representa um verdadeiro teste de estresse: ajustes na apuração, nova classificação de receitas e despesas e adaptação de processos fiscais que podem expor fragilidades gerenciais já existentes.

Em poucos meses, as empresas terão de conciliar normas antigas e novas, revisar cadastros de produtos e serviços e atualizar plataformas de gestão. Qualquer deslize — na identificação de códigos, no cálculo de alíquotas ou na transmissão de informações — pode gerar custos imprevistos, ameaçando a liquidez e a capacidade de competição no mercado.

Dados revelam baixo nível de preparação

Segundo levantamento da Robert Half, a imensa maioria das empresas brasileiras ainda não está totalmente preparada para a Reforma Tributária:

• 11% afirmam estar preparadas para a transição;
• 50% reconhecem que poderiam estar mais bem preparadas;
• 37% admitem não estar prontas, apesar de já terem iniciado análises internas.

Com quase nove em cada dez companhias em condição frágil, as PMEs correm risco elevado de enfrentar impactos financeiros e operacionais logo nos primeiros meses de 2026.

Principais riscos que ameaçam a sobrevivência

Durante a transição para IBS e CBS, as PMEs enfrentam riscos que podem comprometer sua saúde financeira e operacional:

• Aumento de custos tributários não previstos: novas bases de cálculo e alíquotas podem elevar a carga fiscal sem planejamento antecipado, reduzindo margens de lucro.
• Desorganização do fluxo de caixa: a coexistência de sistemas antigos e novos até 2033 pode gerar atrasos em recebimentos e pagamentos, dificultando o controle financeiro.
• Possibilidade de multas e passivos: erros na classificação de receitas ou na transmissão de informações fiscais expõem as empresas a penalidades e autuações, gerando custos extras e riscos legais.

Repercussões além da contabilidade

A transição para IBS e CBS vai impactar diretamente decisões estratégicas que vão além dos cálculos contábeis. Empresas precisarão ajustar preços, revisar planos de investimento e rediscutir orçamento de pessoal para lidar com as novas regras fiscais.

Entre os efeitos mais relevantes estão:

• Precificação: revisão constante de tabelas de preço para manter margem de lucro após a aplicação das novas alíquotas;
• Decisões de investimento: reavaliação de projetos de expansão e aquisição de ativos à luz de novos cenários de custos tributários e necessidade de capital de giro;
• Manutenção de empregos: controle rigoroso do orçamento de pessoal para equilibrar custos salariais, reduzindo riscos de corte de vagas e assegurando a produtividade.

Ao entender essas repercussões, as PMEs podem adotar uma postura proativa, ajustando processos de gestão e fortalecendo a resiliência financeira diante do novo modelo tributário.

Estratégias para enfrentar a transição tributária

Para atravessar a fase de testes da Reforma Tributária e minimizar riscos, implemente as seguintes ações práticas:

• Mapeamento de códigos fiscais: crie um inventário completo dos códigos antigos e novos, garantindo conformidade na classificação de produtos e serviços.
• Revisão de políticas de preço: atualize tabelas de preço com simulações de carga tributária, ajustando valores para preservar margens e competitividade.
• Depuração de processos internos: analise e documente fluxos de trabalho fiscais, identifique gargalos e defina responsáveis por cada etapa, padronizando procedimentos.
• Adequação tecnológica: avalie sistemas de gestão e bancos de dados, planeje atualizações ou migrações para softwares compatíveis com IBS e CBS e capacite a equipe para uso eficiente.

Com essas iniciativas, sua PME estará mais preparada para enfrentar a transição, reduzindo surpresas e fortalecendo a governança tributária.

Como a Excellence Contabilidade pode apoiar sua PME

Na fase de adequação ao IBS e CBS, contar com suporte especializado pode fazer a diferença na agilidade e na segurança dos processos. A equipe da Excellence Contabilidade oferece orientação personalizada em gestão tributária, auxiliando na classificação correta de receitas, no cálculo de alíquotas e no cumprimento de obrigações acessórias. Além disso, avaliamos ferramentas de controle financeiro e propomos ajustes que garantem maior clareza no fluxo de caixa e reduzem riscos de autuações.

Para quem está iniciando um novo empreendimento ou busca expandir operações, prestamos consultoria na abertura de empresas, orientando sobre regimes fiscais e requisitos legais. Também desenhamos rotinas de trabalho e indicadores de desempenho para otimização de processos internos, fortalecendo a governança e preparando sua PME para atravessar a transição tributária com mais confiança e eficiência.

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Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma Tributária: PMEs em risco em 2026